SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES E OPERADORES DE MESAS TELEFÔNICAS DO ESTADO DO CEARÁ

FINALMENTE A VACINA CHEGOU NO BRASIL!

OPINIÃO - 08/02/2021

Mas apesar disso, a agonia continua para a população, em especial aos trabalhadores.

A pandemia da COVID-19 ao contrário de fortalecer o SUS – Sistema Único de Saúde, está sendo usada para disputa política em nível federal. Passado o processo eleitoral 2020 e as festas de fim de ano, a contaminação reativou a preocupação de quem é responsável e se importa com vidas – o que não é o caso do Ministério da Saúde, nem de alguns donos de igrejas “iluminados” que se auto intitulam conhecedores da ciência mais que os especialistas e fazem campanhas – absurdas contra a vacina e, até, contra o uso contínuo de máscaras. Em alguns casos, como aqui no Ceará, processo penal foi gerado para barrar tais sandices.

O setor telecom – que não parou de trabalhar durante todo o período – mantém a tentativa de escravizar “oficialmente” os trabalhadores através de mudanças na legislação desde 2017. A luta tem sido grande, pois as grandes operadoras ampliam, cada vez mais, seus lucros, enquanto os trabalhadores terceirizados aumentam a possibilidade de perderem o trabalho e a vida. E, pior, sem sequer ter o salário reajustado. A distância física e a proibição de aglomeração são usadas pelas empresas para fugir da organização dos trabalhadores e ampliar o modo escravo de explorar.

Mas o SINTTEL-CE provou, em plena pandemia (abril/2020), que as redes sociais servem para algo mais além de espalhar fake news, mentiras e absurdos, ao paralisar, por 24h, os trabalhadores da Ezentis na luta pelo pagamento de adiantamento de PPR.

CLARO, TIM, VIVO e ALGAR ampliam lucros contratando empresas que contem ótimos advogados, mas não tem Recursos Humanos, que fogem do SINTTEL até alegando pertencer a outra categoria diferente de Telecom. Que quarteirizam contratos e lavam as mãos quando estouram denúncias de trabalho escravo e mudam de um estado para outro para fugir dos processos. Enfim, especialistas em “modelo brasil de escravizar”, ainda que em plena pandemia com mais de duzentos mil mortos.

Em 2020 o SINTTEL-CE aprendeu a conviver – muito difícil – com os trabalhadores distantes e se comunicar de forma digital. Também ampliou sua capacidade de alcance com as redes sociais e aumentou a quantidade de trabalhadores participantes de assembleias decisivas. 2021 é o ano que se iniciou com a disputa política pela vacina com o aumento assustador da quantidade de casos e de mortes pela COVID-19 e suas mutações. Também deve ser o início da disputa do leilão da tecnologia do 5G – outra querela técnico-politica com alcance tão ou maior que a crise da pandemia -, além de palco para a disputa eleitoral presidencial de 2022.

Mas nossa atenção primordial agora é para a saúde. Sem permitir que atitudes e práticas escravagistas sejam levadas adiante por empresas sugadoras do sangue dos trabalhadores. Trabalhador de telecom: defenda sua vida e não a ponha em risco por um emprego sem respeito, sem qualidade, sem reconhecimento, sem salário digno. Mesmo à distância é possível reagir. Basta acreditar e mostrar que a vida vale mais que qualquer emprego! Avante!