SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES E OPERADORES DE MESAS TELEFÔNICAS DO ESTADO DO CEARÁ

MESMO APÓS PUBLICAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO E INPC, EMPRESAS CONTINUAM ENROLANDO

OPERADORAS - 10/01/2020

Tudo indica que as empresas de teleatentimento Atento, AeC e Concentrix, juntamente com o  sindicato patronal (Sinstal), se uniram e estão seguindo a risca a tal da Lei dos três macacos (nada veem, nada escutam, nada falam) quando o assunto se refere às negociações salariais 2020, mesmo após a publicação do valor do salário mínimo  janeiro (R$ 1.039,00) e do INPC 2019 (4,31%).

Porém o SINTTEL-CE segue firme na cobrança, que foi iniciada desde novembro do ano passado (por e-mail e por ligações) e sem

 respostas ainda, aprovou encaminhar pedido de mediação na SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

Contudo, as empresas continuam se fazendo de difíceis, alegando diversos motivos como desculpas e nas solicitações para o pedido de reunião, o SINTTEL-CE solicitou que o encontro aconteça em Fortaleza, após dia 15 de janeiro, considerando o final do mês e a necessidade de redefinição do processo.

Outro fato importante é que desde o ACT 2019 na AeC, ficou acordado em ata (datada 19/02/2019) que tornariam-se sem efeito pra todos os fins, as medidas pedagógicas aplicadas após o prazo de 90 dias. O SINTTEL-CE continuará cobrando uma solução por parte da empresa na renovação do Acordo desse ano, mas é necessário fazer o alerta para TODOS, pois só assim quem sofreu com essas medidas poderá fazer sua denúncia no Sindicato. Além disso, é necessário deixar claro, que nenhum trabalhador é obrigado a fazer hora extra, apenas por necessidade da empresa.


Crise da OI leva a LIQ, ex-Contax, a pedir recuperação extrajudicial 

Vítima da crise da Oi, a Liq Participações, antiga Contax, informou hoje que concluiu a fase de negociação de seu endividamento, com a reestruturação dos seus passivos dento do plano de recuperação extrajudicial, obtendo a adesão legalmente necessária de mais de 60% dos créditos para sua aprovação. Segundo a empresa, o plano abrange unicamente os credores financeiros das empresas e não envolve seus fornecedores e seus colaboradores.

O pedido de recuperação extrajudicial da dívida financeira foi ajuizado pela companhia e sua subsidiária LIQ CORP na Comarca de São Paulo capital. O fato relevante informa que, após a homologação do plano, as dívidas financeiras das requerentes seguirão os novos termos e condições acordados e passarão a ser aplicáveis a todos os credores financeiros, na forma do pedido e do plano.

Oi - O processo de recuperação, em sua petição inicial, informa que, além dos efeitos do cenário econômico desafiador, outro evento que impactou negativamente o fluxo de caixa da Liq foi o ajuizamento da recuperação judicial da Oi – já que a operadora de telefonia é um de seus principais clientes, com cerca de 50% do seu faturamento vindo dos serviços prestados à tele.

O efeito da crise da Oi sobre o faturamento da Liq, entre 2015 e 2018, resultou na queda de 58% da receita operacional líquida das requerentes, com redução do faturamento de R$ 3,2 bilhões para R$ 1,4 bilhão no referido período, “valor este que não é suficiente para fazer frente à sua dívida financeira, de aproximadamente R$ 1,27 bilhões”.

De janeiro a setembro deste ano, a Liq acumula prejuízo de R$ 260,56 milhões. Ainda de acordo com o processo, “apesar da impossibilidade de realização de acordo com a totalidade de seus credores financeiros”, no intuito de viabilizar o turnaround operacional e financeiro da empresa, o plano obteve adesão de credores com montante equivalente a R$ 762 milhões da dívida financeira – “número este que reflete 70% dos credores em quantidade, inclusive com a adesão de dez pessoas físicas”.

Call Center - Para se adaptar e adequar sua estrutura e headcount à sua nova realidade de faturamento, a Liq passou de 100 mil funcionários, no início de 2015, para cerca de 21 mil funcionários no quarto trimestre de 2019. Segundo o processo, essa redução gerou custos adicionais de desmobilização e rescisões trabalhistas, além de um significativo passivo trabalhista que será quitado nos próximos anos.