Um novo encontro entre representantes da CLARO e Federação LIVRE ocorreu nesta quinta (28/09).

 

Novamente, o avanço da empresa foi um atropelo. Não muito diferente do último encontro, que ocorreu no dia 19 de setembro, a CLARO trouxe uma proposta ridícula para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023.

Já em relação ao PPR 2023, o avanço foi meio de lado, pois ao acatar a proposta em relação a sua tentativa de excluir do acesso ao Programa, os desligados por vontade própria.

Na ocasião, foi renovada a lembrança da importância deste Acordo completo. Ou seja, além das cláusulas financeiras, todas as demais cláusulas serão renovadas, discutidas, negociadas. Vale lembrar que ainda há resquícios das promessas da empresa da negociação do ACT 2022.

 

PROPOSTA FINANCEIRA ACT 2023

 

Longe de atingir o mínimo possível, a CLARO teve a ousadia de propor reajuste nos salários e benefícios apenas para 2024. E para piorar, em índice aquém do apurado da inflação do período, e sem abono ou compensação alguma.

 

PROPOSTA DA CLARO:

 

Benefícios - VA VR – Reajuste de 2% em fevereiro 2024;

Auxilio creche, auxilio PND – reajuste de 2% em fevereiro 2024;

Quebra de caixa – 2% em fevereiro 2024;

Salários – reajuste de 1,2% em abril 2024

 

 

PPR 2023

 

A empresa avançou e alterou sua proposta anterior em relação a quem pediu demissão. Acatou a proposta apresentada pela Comissão LIVRE de requerer a formalização dos dados pessoais na hora do desligamento e, ainda assim, acatar atualização posterior ao desligamento para o recebimento dos valores apurados.

 

Os demais itens do acordo PPR atual foram mantidos, ratificando a data do pagamento oficial, que será em março/ 2024, mas, com possibilidade de realizar o pagamento na sexta-feira, pre-carnaval.

 

A avaliação da COMISSÃO LIVRE é que a proposta do PPR 2023 avançou, mas a do Acordo Coletivo não! Por isso, a proposta foi REJEITADA pela Comissão. Fica o registro aos representantes da CLARO, presentes a reunião, nossos pontos mais contundentes para essa negociação.

 

·        Garantia da data base – não acatamos reajuste algum que não seja aplicado fora da data de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho=setembro 2023;

 

·        Igualdade e acesso aos benefícios a todos – resgatamos que nossa pauta de reivindicações aponta a equalização dos benefícios praticados pela CLARO ainda de forma discriminada. Discordamos que um receba o tíquete refeição nas férias e outro não, que uma receba o VR durante a licença maternidade e a outra, da mesma empresa, não. Assim reivindicamos e reforçamos que a CALRO tem que apontar o caminho e eliminar todas as discriminações praticadas em relação ao acesso aos benefícios praticados pela empresa;

 

·        Plano de Saúde – reforçamos que este ano não aceitaremos mudanças no Plano de Saúde após o fechamento do Acordo Coletivo como aconteceu em passado recente. O que ficou CLARO é que o que havíamos negociado no Acordo foi tomado pelo reajuste e mudanças no Plano de Saude. Por isso pedimos que sejam mantidas as melhores condições no Plano de Saude e que qualquer alteração nos seja trazida antes de qualquer aplicação/implantação;

 

Importante registrar que a empresa vem de resultados financeiros positivos em 2023.

E que levantamento do DIEESE aponta que as negociações realizadas em 2023 até aqui apontaram que mais de 70% conseguiram reajustes acima da inflação do período.

Também afirmamos que a aplicação do reajuste do INPC do período precisa ocorrer na data base, em setembro. Especialmente na CLARO que apresentou resultados mais que satisfatórios até agora em 2023.

Por último, resgatamos que o Acordo Coletivo 2022 apontou continuidade da equalização do acesso aos benefícios para este ano e que, até agora, a CLARO nada apresentou para acabar com a discriminação interna.

 

Com a proposta rejeitada restou agendamento de nova reunião para a próxima quarta-feira, dia 10/10, as 10h, para continuidade do processo negocial.