Depois do calote da TIM ao negar pagamento do PPR aos trabalhadores, a Oi decide demitir mais de 2000 trabalhadores e pede recuperação. Muitos peixes grandes pularam do barco. Não sem deixar sua marca: redução de mão de obra com aumento de assédio moral e quebra de empresas terceirizadas. A apreensão é grande pelo momento atual, cuja indefinição política interna aumenta a dependência de recursos externos e o preço a pagar. O SINTTEL-CE e a FENATTEL acompanham a situação da Oi já faz tempo. Nestas demissões ocorridas este ano, conseguimos algum bônus para os trabalhadores desligados, inclusive com extensão de plano de saúde. A recuperação judicial abre espaço para negociação com os credores. Isto, claro, também terá impacto nas negociações salariais da data base, setembro. Além da mobilização, neste momento, poderemos necessitar do Jurídico. Os próximos passos da empresa dirão.

A empresa anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira, 20, em fato relevante.

A dívida da operadora fechou em R$ 5,3 bilhões no ano passado.

A Oi entrou com pedido de recuperação judicial na Comarca do Rio de Janeiro (RJ). O anúncio foi realizado nesta segunda-feira, 20, em fato relevante. A empresa está endividada e fechou o ano passado com prejuízo de R$ 5,3 bilhões. Diante da crise, Bayard Gontijo renunciou à Presidência da operadora no último dia 10.

"Considerando os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras, ameaças ao caixa das empresas Oi representadas por iminentes penhoras ou bloqueios em processos judiciais, e tendo em vista a urgência na adoção de medidas de proteção das empresas Oi, a companhia julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento", informa, em comunicado, a operadora.

O pedido de recuperação, diz a empresa, visa à preservação da continuidade da oferta de serviços de qualidade a seus clientes, dentro das regras e compromissos assumidos com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Além disso, a empresa informa que o total dos créditos com pessoas não controladas pela Oi, listados nos documentos protocolados com pedido de recuperação judicial, soma, até o momento, "aproximadamente R$ 65,4 bilhões".

Redação O POVO Online