No dia 8 de outubro, a empresa não discutiu os itens econômicos, mas voltou atrás em sua intenção de cortar os benefícios e ainda aceitou uma das reivindicações da pauta, o auxílio-alimentação para as gestantes em licença maternidade.

Já no dia 9, a TIM fez três propostas econômicas. A primeira e a segunda foram rejeitadas pela Comissão de Negociação da LiVRE.

 

Veja abaixo:

 

Primeira proposta rejeitada

Reajuste para os salários em fevereiro de 2025:

 

2% para o pessoal administrativo e cargo Manager,

2,5% para os trabalhadores de Call Center e Lojas

Beneflex: Manter 1,5% aumentar o mínimo para R$ 150,00 a partir de março/25:

 

Abono Salarial Compensatório em outubro/24

 

R$ 900,00

Reajuste nos benefícios em fevereiro/2025

 

3,71% de reajuste

Crédito extra no Vale-alimentação de R$ 250,00 em dezembro de 2024.

Segunda proposta rejeitada

Reajuste para os salários em fevereiro de 2025:

 

2,5 % para o pessoal administrativo e cargo Manager,

3,71% para os trabalhadores de Call Center e Lojas.

Beneflex: Aumentar para 1,6%  e aumentar o mínimo para R$ 150,00 a partir de março/25:

Abono Salarial Compensatório a ser pago em outubro/24.

 

R$ 1.000,00

Reajuste para todos os benefícios em fevereiro/2025 de 3,71%

 

Crédito extra no Vale-alimentação de R$ 250,00, em dezembro de 2024.

Como se vê, a proposta da empresa foi evoluindo. É a resistência dos representantes dos trabalhadores, a insistência, que faz com que a empresa vá soltando a conta-gotas o que ela já tinha projetado que podia colocar no Acordo. É um processo de paciência e muita argumentação.

 

E apesar de todo o esforço, ainda sabemos que a proposta não é o melhor dos mundos, pois abono é engodo. Atrai os trabalhadores para um precipício, em que a cada ano os salários não se valorizam e a perda se acumula quando não é contida na data base (setembro). A reposição da inflação é necessária pelo ano que passou, ou seja, pelo comprometimento do poder de compra dos salários e dos benefícios desde setembro de 2023 a agosto de 2024.

 

Quando a empresa joga a reposição da inflação nos salários para janeiro do ano seguinte, e sem o INPC integral de 3,71%, é perda. Daí vem com a história do abono indenizatório como compensação. Uma fake news, pois não compensa. O salário não se valoriza, não acompanha o mercado. Perde-se no 13º salário, na renda de quem vai aposentar, no FGTS e no PPR. E vem uma vez no ano. Durante 11 meses o trabalhador ficará com o salário minguado e desvalorizado, até a próxima negociação, onde tudo vem se repetindo Acordo após Acordo.

 

A comissão da Federação LiVRE na TIM é composta pelo coordenador Nilson Hoffmann (Sinttel-ES)– Serginho (SinttelRio), Ribeiro (Sinttel-CE), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN)  e José Félix (Sinttel-PE) e representa trabalhadores/as na TIM dos estados do AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO.